domingo, fevereiro 19, 2006

Something different maybe...

Segredos Na Escuridão
-
Capítulo Segundo
Tédio



Já passou uma semana desde que comecei a viagem
E até agora ainda não fiz nenhuma paragem.
Já passei por Marte, o planeta vermelho,
Por Saturno, o senhor dos anéis,
E agora estou a passar por Plutão.
É tão pequeno que quase me cabe na mão.
É engraçado.
Parece uma bola pequena,
Mas se lá aterrar a realidade muda de cena,
Eu serei apenas mais um ponto
Neste pequeno grande monstro.

( Passados catorze dias )

Faz hoje três semanas que deixei a Terra...
Já passei por tanto planeta desabitado
Que estou a ficar desmoralizado.
E se realmente não existir vida nesta galáxia ?!
Vaguearei uns tantos anos até chegar a outra,
Que poderá ser habitada, ou não...
Não vou perder esperança, ainda tenho muito que percorrer,
Muita coisa ainda pode acontecer.

Até agora não foi encontrado nada de relevante,
Os dados que recolhi não passam de matéria insignificante.
Tudo o que recolhi pelo monitor
Já fora recolhido há muito por um antecessor,
Apenas verifiquei a informação para me manter entretido
Até chegar ao espaço ainda nosso desconhecido.

Há vinte e um dias que passeio pelo meu caixote,
Por este objecto que é pouco mais que um forte
Que me protege do mau tempo.
Sim passo horas em frente ao monitor
A traçar e pensar rotas de navegação,
Mas não sou de ferro, preciso de alguma distracção.
Foi por isso que foi instalado outro computador,
Para que eu possa investigar os planetas por minha vontade
Para jogar, escrever, enfim, qualquer minha necessidade.
Só assim aguento passar dias aqui dentro,
Sem poder respirar oxigénio verdadeiro por um momento,
Sem poder sentir na minha cara o vento.
Mas não me queixo do oxigénio que estou a respirar,
Aliás estou grato por me conseguir sustentar.
Abençoado aparelhómetro que filtra ar ! ( que não faço ideia de como funciona )


Nenhum planeta se encontra nas proximidades.
Já fiz o trabalho que tinha para fazer,
E não tenho fome para comer.
Vou aproveitar o facto de estar sozinho para gritar um bocado,
Assim não deixo ninguém incomodado.

( Grito )

Uuufff...
Sinto-me bastante mais aliviado
E muito mais inspirado.
Vou sentar-me em frente da minha máquina pessoal
E escrever tudo que me agradar,
Até á hora que o meu trabalho tenho de retomar.


##


Este poema faz parte do que ando a escrever ultimamente, e já vai no 4º com ideias para mais.
Hope you enjoy.

[] & *

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Insónias

Tenho tanto sono e não consigo dormir.
Não consigo o meu corpo mexer,
Já não consigo a perna sentir,
E o resto do corpo ja me esta a doer...

Porcaria de insónias que não me deixam descançar,
Que não me deixam a realidade abandonar
Para a noite inteira passar a sonhar.

Quero fechar os olhos e ver a escuridão
De todo o nada que me acolhe e leva á perdição,
Que me enlouquece enquanto durmo
Neste ambiente soturno.

Neste lúgubre ambiente
Onde se sente á vontade a minha mente, o meu pensamento,
Que deambula á procura de um monumento
Onde possa passar horas a recolher imagens,
Para mais tarde soltar a imaginação e deixá-la se inspirar
Com todas as imagens que conseguiu avistar.

Já vejo nada la ao fundo,
Penso que... Sim, é o outro mundo !
É agora que vou adormecer... finalmente.

##

Tem sido cada vez mais dificil adormecer... ainda ontem so consegui, finalmente, adormecer eram 6:30 da manha, e ja me tinha deitado há coisa de 2 horas, 2 horas e meia, porque nao havia nada decente na televisão... E com isto vêm as "belissimas" dores de cabeça, enfim... talvez hoje adormeça cedo, visto que estou com bastante sono agora, mas que sei que vai desaparecer mal eu me deite... oh well, let's keep on fighting.

[] & *

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Korpiklaani - Beer Beer

From evening to morning,
and morning to evening,
I wanna drink,
something stronger than a man.
From evening to morning,
and morning to evening,
I wanna drink,
'cause that's what I am.

[Chorus:]
Beer, beer!
I want beer, from beer I get really drunk.
Beer, beer!
I need more beer so much I pass out.
Beer, beer!
I want beer, from beer I get really drunk.
Beer, beer!
I need more beer so much I pass out.

For beer I'm working,
for beer I'm fighting.
For beer I'll do,
whatever I have to.
When drunk I'm talking,
when drunk I'm joking,
when drunk I can be as I've always wanted to be.

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É pah, teve de ser... Esta ode á cerveja é linda ! Dá uma vontade tremenda de dançar e cantar ^^
Enjoy !!

" BEER, BEER "

[] & *

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Tempo

Pára !

Não te movas por um instante,
Deixa que me levante e caminhe enquanto estas parado,
Hoje quero andar a vontade sem ninguem a meu lado.
Quero ver o pôr do sol que não se deita no mar,
Ver as gotas de água no ar a pairar,
Ver muitas pessoas a acabar de acordar...
É tão giro vê-las sem os olhos conseguir abrir
Por estarem cheias de sono... Dá-me vontade de rir.

Quero que pares porque não te suporto,
Por causa de ti sinto o meu corpo cada vez mais morto.
Todos os dias ao acordar
Sinto a vida de um neurónio a se apagar.
Chega de carnificina por agora...
Já morreram milhares desde o dia que nasci,
Desde a primeira vez que me movi.

Pára !

Moves-te demasiado depressa,
A este ritmo não cumprirei a minha promessa,
Quero aproveitar-te com as pessoas que adoro
Com a pessoa que ainda não moro,
Mas irei morar, com ela irei viver
Até ao dia que a terra nos irá acolher.

Mas quase nada disto vai acontecer,
Tu não nunca irás parar e eu neurónios vou continuar a perder...
Mas com força te vou agarrar
E passar o resto da vida a tudo apreciar.

##

Não era bom ele parar de vez em quando ? Era tão bom...

[] & *

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Farto

Estou farto de estar aqui,
Nao sei como é que ainda nao explodi...
Quem me dera que se desse uma explosao
E acabasse com toda esta ilusao que chamam de realidade
Que nao passa de mais uma atrocidade,
Onde pessoas morrem e sofrem sem causa aparente,
Tudo pelos devaneios de uma quantidade de gente.

Adoro passear, olhar para o ceu e o momento apreciar,
Ficar deitado a pensar enquanto sou abordado pelo vento.

Tenho pena de cafe comigo nao poder levar,
Pois certamente abusaria e ainda acabava a alucinar..
Mas nao importa, eu gosto de simples prazeres,
Tal como ouvir musica com os olhos fechados,
Com os meus sentidos todos relaxados
Concentrando-me apenas na musica.

Adoro dar importancia a muitas coisas,
Mas tambem Odeio porque nao consigo criar distancia..
Quero correr para longe, sair daqui,
Conseguir abandonar a ilusao, mas nao com o intuito de desistir,
Apenas quero fugir, para onde nao me possam encontrar,
Entre estranhos passar os dias a passear...

A destruiçao de neuronios ja nao me leva a nenhum lado,
Pois acabo sempre aqui agarrado
A escrever o que passa pela minha estranha cabeça,
Que receio que nem eu nem ninguem a conheça...
É ela que me poe estas estranhas ideias
A fluir pelas minhas putridas veias,
Envenenando o meu corpo a ceder
Sem que sequer as possa compreender.
Está constantemente a correr a mesma palavra...
A palavra que me enfraquece o espirito contra tudo,
Que me diz para fugir... fugir deste mundo.

E assim estou farto de aqui estar,
De nesta realidade distorcida morar.

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[] & *