terça-feira, dezembro 13, 2005

Mundo Novo

Hoje quando acordei, vi uma coisa sobre a minha cama a pairar,
sem que algo a estivesse a segurar.
Era um circulo grande bem sobre a minha cabeça,
que reluzia com uma luz bastante intensa,
mas nao era uma lâmpada, nem o sol na minha cara a bater,
era um campo verde... E, por muito estranho que possa ser,
senti-me ser puxado na sua direcção,
mas nao só eu, tudo o que estava sobre o chão,
entao levantei a mao para lhe tocar,
ao fazê-lo senti-a fria mas ao mesmo tempo quente
como que se o sol estivesse a aquecê-la.

Por uns segundos fiquei parado,
até que me deixei arrastar para o outro lado.

Senti-me a arder e a congelar,
como que se dentro de um micro-ondas ligado tivesse acabado de acordar..
Mas rapidamente passou... eu passei... acabei de chegar.
É espantoso, pelo mesmo circulo vejo a minha cama agora,
só que desta vez estou do lado de fora, do lado da paisagem.

É um mundo estranho, com relva verde mas arvores azuis,
onde cabeças de porco com tentaculos voam,
sem asas, sem anatomia correcta... conhecida...
É de certeza a paisagem mais estranha que alguma vez foi "sentida".

Olho o meu corpo e já nao é o mesmo,
é algo com raízes, preto, com espinhos vermelhos e folhas amarelas com bocas.
Nao me consigo mover e nao me sinto propriamente á vontade ao reparar
que um animal sem pelo, amarelo, com cabeça de porco um machado esta a segurar.
E na altura que ele me corta,
eu realmente abro os olhos.. tudo nao passa de uma bolha vermelha á minha volta,
vejo hemáceas a passear,
glóbulos brancos com umas espirais a gritar,
teletubbies aos saltinhos a sorrir...
Ai que vontade que tenho de chumbo nos olhos lhes inserir.
N... Nao, NAO! Eles vêm na mnha direcção,
e... Nesta altura acordo, ligado a soro, numa maca com os meus amigos a meu lado a rir que nem perdidos.

Afinal foi só uma noite de bebedeira e eu estava a delirar por ter bebido demais... Ou será que tudo aconteceu mesmo ?!...

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Poema inspirado numa musica dos Mão Morta que agora nao me lembro do nome, mas sei que a letra falava de coisas muito abstractas ^^

By the way.. isto foi escrito ANTES da buba de sabado, é so para que fique assente lol

[] & *

domingo, dezembro 11, 2005

Cego

Hoje acordo e os meus olhos nao consigo abrir,
mas as palpebras mexer consigo sentir,
estranho...
Da noite para o dia fiquei cego...
Uma tristeza enorme invade o meu corpo...
Penso que nunca mais conseguirei ver
e que nao existe sentido continuar a viver...

Desespero...
Abro e fecho os olhos a velocidade da luz,
esperando que a vista comece a clarear,
ansiando este pesadelo terminar...
Mas nada... Nada acontece a nao ser cansaço,
e... E uma vontade enorme de sentir um abraço,
uma voz reconfortante
que diga que tudo vai acabar num instante.

Mas estou so...
Num negro mundo,
num poço sem fundo,
onde so consigo ouvir
e, de uma estranha maneira, tudo sentir...

" Porquê ?!... " é tudo o que me passa pela cabeça.
Nao fiz nada para que isto mereça...
Ficar aqui... No escuro... Sozinho,
sem avistar a saida, o caminho.
Quero me levantar, mas a nenhum sitio vou conseguir chegar,
nem pelo tacto vou conseguir andar,
nem mesmo conhecendo bem a casa.
Estou perdido dentro do meu apartamento,
como que tivesse a rodopiar no vento
sem os olhos conseguir abrir,
sem do tornado conseguir fugir,
paralizando todos os meus movimentos
por causa da força impressionante dos ventos.

No meio de tanta tristeza sentir,
uma, duas, milhares de lagrimas começo a verter,
ate que a minha vida começa a desaparecer...
Eis que adormeço de tanto ter pensado,
de tanto chorar estar cansado.
Durmo durante horas a fio,
sem ouvir um unico pio...
Sonho que estou surdo, mas que finalmente vejo,
e o meu mundo desmorona novamente...
Mas desta vez é diferente,
perco a vista após poucos segundos...
Parece que os mundos dos sentidos colidiram
e todos os sentidos explodiram.

Entao grito, e grito desesperando.
Ate que...
Acordo e vejo tudo a meu redor,
ouço o vento a bater no meu estor,
e sorriu como nunca antes sorri,
sinto-me feliz como nunca me senti.

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Hope you enjoyed reading as much as i enjoyed writing.

[] & *

segunda-feira, dezembro 05, 2005

As days go by...

Morte é so o inicio
Neste mundo nao fictício,
Onde os dias sao negros como o carvao,
Onde chove ácido e destruiçao.

Ninguem espera que a sangrenta neblina baixe,
Todos atacam mal o sol nasce.
Erguendo armas de guerra
Marcham levantando todo o pó da terra,
Gritando com uma sede de sangue que nao conseguem saciar,
Porque todos os dias acordam com vontade de matar..
Matar a vida que os rodeia porque nao sao compreendidos,
Porque do mundo são excluidos.

E gritam.. gritam com todas as suas forças !

Grunhidos ecoam por entre as arvores,
Derrubando pinheiros inteiros,
Encendiando casas num segundo,
Pilhando casas por todo o mundo.

Sao guerreiros incompreendidos,
Sentem-se completamente perdidos.
Sem ninguem para os acolher,
Nao teem nada a perder..
Entao pilham, matam, ardem... vezes e vezes sem conta..


Matam........

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Nothing to say......

[] & *