Cócegas no cérebro

Senti cócegas no cérebro.
Apesar do sentimento ter sido efémero
Adorei o pequeno momento
Em que eu me sentia a flutuar numa bolha de vento.

Vi um castor a voar sorridente
Que espetou os cornos numa árvore um pouco mais a frente,
Mas mal ele colidiu
O seu corpo no ar explodiu,
Transformando-se em pequenos blocos coloridos.

Nesse mesmo momento eu caí no chão,
E quando me levantei
Tudo parecia uma grande ilusão...
O mundo estava pixelizado,
A Terra agora era um quadrado,
As árvores junçoes de milhares de pixeis
Completamente distinguiveis.

Sinto que estou a alucinar
E não consigo parar,
Mas também não quero.

Estou a curtir os lasers emitidos
Por aparelhos indefinidos,
Compostos por componentes
E por coisas muito importantes
Que criam uns sons interessantes.
Uns poderosos sons agudos
Que até conseguem ouvir os surdos.
Esses sons transformam-se em música
E eu danço...
E riu até me cansar,
Mas mesmo assim não consigo parar.
A música está a fazer-me cócegas no cérebro,
A fazer cócegas aos pequenos seres
Que moram na minha cabeça.
Eles esperneiam por todo o lado
Deixando o meu corpo atrofiado,
E eu riu incessantemente (!),
Até que...
Passou.

As cócegas passaram,
Os seres ja se levantaram,
O meu riso já é controlável novamente,
Mas os sons agudos permanecem
Deixando o meu cérebro incandescente,
Então danço o resto da noite,
Com varios momentos a alucinar
Que sou uma anémona do mar
Que veio proteger a Terra
Com a sua poderosa moto-serra bifurcada
Que manda uma destruidora chicotada
Nos Teletubbies malvados,
Nesses Filhos duma Puta, desgraçados !!

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Alucinante, hun ? x)

[] & *