Sentimentos Avulsos

Deito-me depois de mais uma noite boémia,
Repleta de divertimento e loucura,
Com uma estranha no meu apartamento
Para matar a minha amargura.

Levamos um segundo para fechar O portão.
Deixamo-nos levar pelo doce pecado
Que move as nossas almas sedentas,
Apagando tormentas no inferno carnal.

Sinto toda a noite o seu corpo fogoso
Com as pontas dos meus dedos.
Atingimos o êxtase pecaminoso
Quando perdemos todos os nossos medos,
Quando fazemos Amor loucamente.

...

Muito depois, o cansaço abateu sobre nós,
E ela fica a dormir a meu lado,
Coisa que nunca antes me tinha acontecido
Com alguém que tinha no momento conhecido.

Não dei importância e adormeci.

...

Não sei quanto tempo passou,
Mas ela já acordou e esta a olhar-me.
Põe-me uma venda vermelha nos olhos
E prende os meus membros a cama.
No fundo oiço uma música calma
E melancólica, completa por um piano
E um violino lento, insano.

Deixo-me levar na sede de experiência,
Pela sua demência sensual que me atrai.

Sinto as suas mãos tocar lentamente o meu peito.
Sinto os seus lábios molhados
Beijar o meu pescoço devagar.
Neste momento desejo-a mais que nunca,
E ela percebe sentado-se sobre mim.

Ouço-a sussurrar no meu ouvido,
Mas ela não está a falar,
Está em cima de mim a me amar.
Sinto o seu cabelo comprido
A tocar-me de uma forma sensual,
Excitando-me cada vez mais e mais.

Mas quando estou mesmo a atingir o auge
Sinto um aperto no coração,
Uma tremenda força no peito
Que me tira a respiração.
Até que ela me tira a venda dos olhos
Deixando-me completamente esgazeado
Ao ver que ela tem uma faca na mão
E que sorri com um olhar doentio.
Tento falar, mas mal abro a boca
Sinto destruição a flor da pele,
Ela move os braços com rapidez
Perfurando-me uma vez...
Duas...
Três...
Mas ela não para de se mexer.

Vejo o seu olhar de excitação
Enquanto continua a fazer sexo
Até aos meus últimos sopros de vida,
Onde vejo a sua cara repleta de prazer
Ao sentir uma completa satisfação...

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