terça-feira, junho 27, 2006

Revolta

Sou uma máquina movida a ódio
Criado por estupidez
Que tende a não acabar de vez.
Era um ser inútil e inanimado
Mas agora sou para a destruição usado.
Não passava de apenas mais um cano
E agora sou o elemento mais insano
De toda esta facção sedenta,
De toda esta nação sangrenta !
Fui animado com apenas uma função,
A de ser empunhada numa mão
Para rachar tudo o que quiserem,
Para executar as ordens que me derem.
Corro mais uma vez contra a minha vontade,
Obrigam-me a erradicar mais uma bela cidade.
Pelas ruelas dá-se a investida primordial,
Alastrando-se para a rua principal
Sempre a rodopiar no ar
Com a esperança de em ninguém acertar,
Mas isso são apenas ilusões...
Pois já me sinto a penetrar em pequenas multidões,
Sinto o seu suor frio de medo no meu corpo a escorrer,
Vejo de olhos fechados mais uma criança a sofrer,
A entoar no silêncio um grito forte
Por me terem usado para lhe infligir o toque da morte.
Quero ser, pelo menos uma vez, real e lutar,
Destruir a criatura que me estava a empunhar,
Ver o seu rosto nojento,
A sua voz trémula dissipar-se no meio do movimento,
Levar esse ser mentalmente incapacitado
A ver o rapaz que encaminhou para o outro lado,
Para a dimensão das sombras abandonadas
Muito antes das horas que lhes foram consagradas.
Não tinhas que roubar a vida a um pobre inocente
Só porque tu querias sentir na pele sangue quente.
Enjoas-me tanto quanto o ódio em ti presente,
Apenas desejo que tenhas uma morta lenta pela frente,
Que ainda vivas muitos anos atormentado
Numa cela encarcerado,
Sem poderes acabar com a tua vida
Por não poderes mais fazer uma única saída.
Devias ter pensado
Em vez de á insanidade te teres agarrado,
Antes de várias vidas teres arruinado...
Agora, e até ao fim dos teus dias, vais apodrecer
Como uma gota de água no deserto a desaparecer.


##


[] & *

2 Comments:

Blogger Unknown said...

gosto da ideia :D és u maiór :D

12:54 da manhã  
Blogger Pires said...

Heheh, thanks ^^

[]]

12:59 da manhã  

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