Honra Perdida

Vem o Druida Häii Jorszt no topo da duna,
Coberta de negro pela árvore taciturna,
Com o seu demónio agitado e furioso
A correr a seu lado na minha direcção.
Com a minha mão puxo do arco
E coloco-lhe uma flecha de madeira
Com a sua ponteira de gelo explosivo,
Extremamente corrosivo e letal,
Sustenho depressa a respiração
E faço mira na cabeça do seu animal...
Acerto-lhe mesmo em cheio !
A explosão gelada foi tão poderosa
Que na sua armadura ficou espalhado
O sangue azul do demónio trucidado,
Mas ele continua a sua investida
Na minha direcção com o seu machado erguido.
Ordeno o meu mercenário atacá-lo
Mas ele é fraco demais,
Häii desvia-se do seu ataque fulgurante
E com um só golpe corta-lhe o braço fora,
Invoca um novo demónio tão rapidamente,
Que nem tenho tempo de proteger o mercenário,
Deixa o demónio a mutilá-lo para se alimentar
E continua a sua corrida interminável.
Depressa tento acertar com as minhas setas
Em Häii mas ele desvia-se de todas.
Até que puxo da última seta de gelo,
Mas mal a tenho na mão, sinto um golpe...
Olho para baixo e vejo a sua adaga
Presa no meu coração.
Não morro instantaneamente,
Por um fenómeno inexplicável
Fico paralisado a vê-lo durante uns segundos
A roubar as míseras moedas de ouro que tenho.

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